quarta-feira, 4 de junho de 2014

Rui Facó: a originalidade e o significado da sua produção intelectual no interior do pensamento social e político brasileiro.


O blog MARXISMO21 publicou em sua página um dossiê sobre Rui Facó (1913-1963), jornalista, escritor e ativo militante comunista que deu uma perene contribuição ao debate sobre o Brasil, a partir das questões que envolviam os trabalhadores no campo brasileiro e o debate que envolvia a noção de povo. Neste dossiê encontram-se vários trabalhos de Rui Facó sobre o Brasil, a partir de temas candentes de sua época.

Acima, Paulo Motta Lima, Astrogildo Pereira, Graciliano Ramos, Aydano do Couto Ferraz, Rui Facó, Dalcício Jurandir e Álvaro Moreyra na redação da Tribuna Popular, jornal do Partido Comunista. Rio de Janeiro, 1945.
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I. Livro
II. Textos (artigos em jornal)

Acima, Graciliano Ramos discursa na cerimônia de entrega do Carnet do PCB, com Cândido Portinari à sua direita, sentado ao lado de Astrojildo Pereira. À sua esquerda Pedro Pomar e Luiz Carlos Prestes. Em pé, entre outros, Aydano do Couto Ferraz, Pedro Motta Lima, Álvaro Moreyra, Joracy Camargo, Jorge Medauar, Alina Paim, Rui Facó, Jorge Amado. Rio de Janeiro, agosto de 1945.

III. Textos sobre a obra de Rui Facó
a) Uma interpretação do Brasil na perspectiva da revolução brasileira
Milton Pinheiro
Jornalista e escritor, Rui Facó deu uma enorme contribuição na imprensa brasileira de 1937 até a sua morte, em 1963. Neste dossiê encontram-se muitos trabalhos de Rui Facó sobre o Brasil, a partir de temas candentes de sua época.
Compreende-se que é necessário abrir uma nova frente na batalha das ideias, tornando público o papel desenvolvido pelos trabalhadores e as lutas que marcaram a história brasileira, seja no campo ou na cidade. Falar de suas ações, aprofundar as formulações dos intelectuais do campo marxista que construíram com a sua presença e estudo para a revolução brasileira. Trata-se, mais do que nunca, de lutar por uma hegemonia dos trabalhadores.
Rui Facó formulou uma análise para entender o Brasil no século XX, abriu trilhas para desvendar a realidade social a partir do arcabouço da tradição marxista que dispunha em sua época, centrada nos estudos sobre a formação social brasileira, a partir das categorias povo, nação e lutas sociais. O seu cabedal interpretativo está centrado no rigor historiográfico e no aprofundamento da análise política. Para além das falsas premissas, que hoje são apresentadas pela lógica pós-moderna, encontramos nele uma interpretação da realidade pautada nos processos de lutas, cuja orientação era a procura por uma nova sociabilidade na história.
Rui Facó nasceu em Beberibe, no Ceará, em quatro de outubro de 1913 e a perspectiva de trabalho desenvolvida por ele teve a influência da realidade nordestina. Portanto, a partir desse locus, desenvolveu um compromisso de pesquisa sobre o Brasil, e o processo de autoconstituição do povo. Essa preocupação tornou-se um programa de pesquisa, orientado pela análise da luta do povo contra a opressão; do conjunto das lutas sociais; das manifestações dos índios; dos escravos; do que ocorreu em Canudos; das manifestações e atos dos cangaceiros; dos movimentos dos beatos; dos movimentos republicanos; das lutas pela libertação do imperialismo; e da guerra engendrada pelo latifúndio. Tudo isso, a partir do princípio dialético da relação entre dominação e resistência, que formou o todo articulado que compreendemos como nação. ler mais
 b) Rui Facó, In: Intérpretes do Brasil, por Milton Pinheiro
Dora Vasconcellos, Rui Facó e os pobres do campo
IV. Blog

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